Passo muito tempo a ler-te. A tentar perceber o que queres dizer em cada linha, em cada palavra. Tornou-se-me quase absurdo a vontade de escrever, pois todas as palavras me levavam a ti. Talvez escrever seja algo quase estúpido, infantil, um acto de cobardia para não enfrentar um mundo mais real...
Depois tu tentas aproximar-te, aproximar-me, e eu tento escapar, como uma criança medrosa, a todas as tuas perguntas...
Sendo sincera por uma vez, não sei por quanto tempo continuarei a saborear-me na solidão.
- E tu nunca chegaste a explicar porque recusas conhecer-me.
- Eu não recusei conhecer-te, apenas adiei por uns tempos...
- Muito tempo. E vais continuar a adiar?
- Não sei.
(Old Letters)
Depois tu tentas aproximar-te, aproximar-me, e eu tento escapar, como uma criança medrosa, a todas as tuas perguntas...
Sendo sincera por uma vez, não sei por quanto tempo continuarei a saborear-me na solidão.
- E tu nunca chegaste a explicar porque recusas conhecer-me.
- Eu não recusei conhecer-te, apenas adiei por uns tempos...
- Muito tempo. E vais continuar a adiar?
- Não sei.
(Old Letters)
(Foto de Marta Glinska)