segunda-feira, janeiro 12, 2009

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Então o carro entrou dentro de água e foi afundando lentamente...
A música ainda tocou por momentos e nos nossos olhos corria a alegria de outros tempos, e nas nossas mãos entrelaçadas viviam ainda as últimas réstias de um amor que foi para sempre. Os teus olhos fecharam e o meu corpo procurou-te, mas já não estavas lá... As minhas lágrimas dissolveram-se na água que já existia em todo o lado.
Já não era tarde demais, pois não existia nada por que se pudesse lamentar. A não ser uma vida pesada demais para se viver, mas que também já não mais existia.