Creio que já não me preocupo mais, que já não penso mais, que já não sinto mais, que já não sonho mais... Quase acredito que não iria valer mais a pena, que o caminho se vai fechando e que os muros ao longo da estrada começam a precipitar-se sobre mim... Procuro-te demasiado, mas tu negas-me o suficiente, e depois falas de coisas que não interessam e que não atingem nem a superfície do teu ser, quanto mais o que acalento no mais profundo de mim. Nem sempre és o mesmo, mas será que isto interessa? Acho que o pedido, a prece, o desejo, por vezes encoberto por guarda-chuvas e nuvens, continua aqui, tão vivo como uma mancha amarela que consegui transformar em Sol (e talvez só eu e o Picasso nos orgulhemos disso)...
No fim, mendigo-te o de sempre, porque é o de sempre que pretendo como único fim.