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Falta-me uma forma, uma maneira de ser resgatada, de poder reescrever mentiras ou até mesmo apagá-las, de fazer o que não devo fazer, de esquecer o pré-definido e optar por fechar o livro...
...experimenta não virares a página. Já tentaste fechar o livro? O que sentes agora? (Oldmirror)
O que sinto eu agora? Continuo a pedir a luta, a pedir que venhas, e ao mesmo tempo a implorar que não me vislumbres claramente, que não olhes demasiado para dentro de mim, pois há recantos demasiados sombrios, escolhas que deixaram cicatrizes e portas mal fechadas que ainda magoam.
Continuo a olhar para o livro. Afinal porque o fechei se até era a minha história? Afinal posso até não ter seguido o livro, mas segui outra indicação qualquer. Talvez ter aberto o livro tenha sido mais verdadeiro e autentico que qualquer outra coisa… Apetece-me abri-lo de novo, e ler a frase que se repete em todas as páginas, entre todas as letras… I can’t live without you… Será que não consigo mesmo? Ou será que não o quero mesmo? Apetece-me ver-te outra vez. Pedir-te para que sejas feliz. Pedir-te para me fazeres feliz.
Mas o livro já está fechado. Talvez já não seja uma boa altura para voltar atrás, iria desperdiçar demasiado tempo. E as conclusões, essas iriam de novo perder-se. Afinal, talvez o céu seja verde e o mar amarelo. As pessoas não vêem as folhas no chão, não levantam a cabeça para ver as estrelas.
Mas será que é mesmo preciso levantar a cabeça para ver as estrelas?
Sinto a tua falta. Há demasiado tempo.
E no fundo só queria que fosses feliz…
Mesmo que isso até pudesse partir (ainda mais) o meu coração…