"É escuro o meu pensamento,
Sou vazio.
Cada trago de ar que inalo,
Impregna o que os meus olhos vêem.
É triste o meu sorriso,
É triste o meu sorriso,
Arrastado para vícios incontroláveis.
Já nem o agarrar me consola,
Estou vazio.
Não sentes?
Não sentes?
No olhar as chamas do longínquo,
O chorar por esquecimento.
Não sentes?
Não sentes?
As gélidas mãos que se escondem…
E eu caio quase morto.
Abres uma espiral dentro de mim,
Abres uma espiral dentro de mim,
A cada segundo a queda aumenta.
O êxtase de estar ali.
O abismo que te tornas incontornável,
O abismo que te tornas incontornável,
Não sentes para me segurar.
Perdi a força nas imagens que me mostraste."
(Anónimo)
Foto de Dominik Miklaszewski