Cerco-te de palavras
Eternas músicas
Efémeras madrugadas
Percorro-te com os meus dedos
Apago sonhos, revelo segredos.
Vislumbro-te a alma
Afasto-te um pouco
Trocas-me as regras
Avessas-me o corpo
Fecho os olhos, não te encontro
Talvez já não existas
Talvez já não resistas
As sombras jazem no chão
Tão escuras, tão ténues
Fecharam-se janelas
Perdeu-se a solidão.