Sem compreender, viro-me para mim e não entendo onde estou ou para o que estou...
Dormente, quase esquecida sobre o que é viver uma vida que antes me era normal, começo a pensar e repensar... e debato-me sobre a crua realidade de andar por aí, desorientada num espaço que não é o meu, a desperdiçar os meus dias.
Deixei de procurar-me, de procurar-te, tencionando acreditar, que já tudo tinha encontrado. Mas afinal não. A confusa simplicidade de estar vivo tornou-se uma ideia difusa para mim; não digo o estar vivo, de me levantar de manhã e sair à rua, mas o sentir a vida a pulsar, sem ignorar cada segundo, sem ignorar a impossibilidade de replicar momentos.
Apetece-me puxar por aquele cigarro imaginário, esfumar esta realidade e voltar ao sonho.